O Porto de Paranaguá registrou, em 2024, a maior movimentação de cargas da sua história, com um total de 66.769.001 toneladas, o que representa um crescimento de 2,1% em relação a 2023.

 

O Governo do Paraná tem investido em melhorias estruturais para aumentar a capacidade de exportação, com foco na expansão de portos e ferrovias, ações que impactarão diretamente o transporte rodoviário de cargas (TRC).

 

Luiz Gustavo Nery, diretor do SETCEPAR, destaca que o aumento da movimentação nos portos exige maior capacidade operacional das transportadoras, refletindo diretamente na dinâmica da cadeia logística. A expansão da infraestrutura portuária e a modernização dos terminais indicam tendência de crescimento no volume de mercadorias.

 

Esse crescimento, segundo o especialista, gera novas oportunidades, mas também desafios, como a necessidade de melhorar a malha rodoviária, aumentar a frota, qualificar motoristas e integrar a logística com outros modais.

 

No segundo semestre de 2025, o Moegão, no Porto de Paranaguá, aumentará em 65% a capacidade de desembarque de cargas por trem, o que pode impactar o TRC, especialmente no escoamento de commodities agrícolas e cargas pesadas.

 

Nery afirma que a expansão ferroviária pode reduzir a participação do modal rodoviário em algumas operações, mas isso pode ser encarado como uma oportunidade para adaptação e crescimento do TRC, ao se integrar de forma mais estratégica com a ferrovia.

 

O Governo do Paraná também está investindo R$ 6,4 bilhões na triplicação da BR-277, o que deve melhorar o tráfego na região em até 20%, reduzir o tempo de viagem, custos de manutenção e otimizar o consumo de combustível.

 

Entretanto, Nery ressalta que, para o TRC acompanhar esse crescimento, os investimentos precisam se expandir para a qualificação da mão de obra e a otimização dos processos logísticos, além de enfrentar desafios como a ampliação de frota e modernização dos processos.

 

O especialista observa que a integração mais eficiente com o transporte ferroviário requer ajustes nos processos de transbordo e sincronização de entregas, além da superação de burocracias e regulamentações, para garantir um fluxo operacional ágil e sustentável.

 

Por fim, a triplicação da BR-277 deve também melhorar a segurança viária, reduzir riscos de acidentes e criar melhores condições de trabalho para motoristas, tornando o Paraná mais atrativo para novos investimentos, o que impulsionará o setor de transporte e a economia local.

 

 

FONTE: NTC&Logística.

FOTO: Imprensa