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publicado em 2025-02-27

REUNIÃO ACERCA DA CONCESSÃO DAS PONTES INTERNACIONAIS – Uma parceria entre o SINDIFOZ e a ABTI.

No dia 26 de fevereiro, representantes de diversas entidades da iniciativa privada se reuniram no SEST SENAT, em Foz do Iguaçu (PR), para discutir o polêmico projeto do governo federal que propõe a implementação de pedágio nas pontes internacionais que conectam o Brasil a seus países vizinhos. Organizada pela ABTI (Associação Brasileira de Transportadores Internacionais) e o SINDIFOZ (Sindicato dos Transportadores de Foz do Iguaçu), a reunião teve como foco as preocupações e a oposição das entidades ao projeto, que foi amplamente discutido pelos participantes.

A Proposta de Pedágio e as Reações da Iniciativa Privada

O governo federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, propôs a implementação de pedágio nas pontes internacionais que ligam o Brasil a países como Argentina, Paraguai e outros. A proposta visa, segundo o governo, garantir a manutenção e o aprimoramento da infraestrutura nas fronteiras, além de gerar recursos para a modernização das vias e serviços.

No entanto, a proposta gerou forte oposição entre as entidades representativas do setor de transporte e comércio, que alertam para os impactos negativos que a medida pode trazer para o fluxo de pessoas e cargas nas regiões fronteiriças. Participaram do encontro representantes de entidades como o SINDETUR (Sindicato das Empresas de Transporte de Foz do Iguaçu), ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Paraná – Regional Oeste), SINPROVETE (Proprietários de Transportes Escolares de Foz do Iguaçu), COMEXPAR (Associação dos Despachantes Aduaneiros & Comércio Exterior do Paraná),  COOTRAFOZ (Cooperativa de Transporte de Foz do Iguaçu), ACIFI (Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu), CAPECO (Cámara Paraguaya de Exportadores y Comercializadores de Cereales y Oleaginosas), ALGESA (Administración de Aduana Termianal de Cargas Km12), CONOSUR Y ASOCIADOS S.R.L e CAPATIT (Cámara Paraguaya De Transporte Internacional Terrestre).

Principais Problemas Identificados

Durante a reunião, os representantes das entidades destacaram diversas preocupações em relação à implementação do pedágio, que podem afetar diretamente o fluxo de transporte fronteiriço e a economia local. Entre os principais problemas discutidos, destacam-se:

  1. Aumento dos Custos Operacionais: O pedágio nas pontes internacionais pode representar um aumento significativo nos custos operacionais de transporte de cargas e passageiros. Para as empresas de transporte e transportadores autônomos, como os presentes na reunião, a cobrança de pedágio representaria um custo adicional que poderia ser repassado aos consumidores, elevando os preços de mercadorias e serviços na região.
  2. Impacto no Comércio e Turismo Regional: Foz do Iguaçu e outras cidades fronteiriças dependem de um fluxo constante e barato de pessoas e mercadorias. O aumento dos custos para atravessar as pontes internacionais pode afetar negativamente o comércio local, além de prejudicar o turismo, um dos pilares da economia da cidade. O pedágio, segundo os participantes da reunião, poderia tornar a travessia mais onerosa, afastando turistas e impactando diretamente os negócios que dependem da movimentação de pessoas entre os países.
  3. Dificuldades para a Logística de Transporte: A proposta de pedágio também foi vista como uma barreira para a agilidade das operações logísticas. O tempo de espera nas fronteiras já é um problema significativo, e a introdução de mais uma etapa, com a cobrança de pedágio, poderia causar ainda mais congestionamentos nas pontes, dificultando a travessia de caminhões e veículos comerciais. Isso comprometeria a eficiência da cadeia de suprimentos, com reflexos no comércio bilateral.
  4. Preocupações com a Infraestrutura Existente: Outro ponto destacado foi a falta de investimentos anteriores em melhorias nas pontes e na infraestrutura fronteiriça. As entidades questionaram por que o pedágio seria implementado sem que houvesse uma primeira fase de modernização das vias e da fiscalização. A ausência de manutenção adequada nas pontes ao longo dos anos é um ponto crítico, e muitos consideram que o pedágio deveria ser uma medida a ser adotada somente após uma melhoria significativa nas condições da infraestrutura.

A Importância da União das Entidades Responsáveis

Apesar das divergências em relação à proposta de pedágio, as entidades presentes na reunião destacaram a importância de trabalhar de maneira conjunta para defender os interesses da região e do setor de transporte fronteiriço. A união entre as diferentes entidades foi considerada essencial para construir uma solução que leve em consideração as necessidades das empresas, da população local e da economia regional.

Conclusão

A reunião realizada em Foz do Iguaçu, no SEST SENAT, evidenciou a preocupação das entidades da iniciativa privada em relação à proposta do governo de implementar pedágio nas pontes internacionais. Os participantes, em sua totalidade, se posicionaram de forma contrária à medida, apontando os impactos negativos para a economia local e a logística de transporte. No entanto, a união das entidades e a busca por alternativas ao pedágio serão fundamentais para que o setor de transporte fronteiriço consiga enfrentar os desafios impostos pela proposta, sem prejudicar o comércio e o turismo na região.

 

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