Restrições impostas pelo DNIT afetam o fluxo de cargas e exigem planejamento de viagem no trecho da BR-272, essencial para o escoamento agrícola do Oeste do Paraná.

Tráfego noturno é proibido na ponte do Rio Piquiri entre Francisco Alves e Guaíra.

DNIT impõe novas restrições e alerta motoristas sobre rotas alternativas; medida faz parte de monitoramento estrutural emergencial.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou, nesta segunda-feira (13), uma nova restrição de tráfego na ponte sobre o Rio Piquiri, localizada no km 541,79 da BR-272/PR, entre os municípios de Francisco Alves e Guaíra. A partir de agora, fica proibida a circulação de qualquer veículo durante o período noturno, entre 19h e 7h.

Durante o dia, veículos com até quatro toneladas poderão trafegar sob o sistema de “Pare e Siga”, com controle alternado em mão única. O objetivo é garantir a segurança de motoristas e preservar a integridade da estrutura até a conclusão de análises técnicas mais detalhadas.

Conforme o DNIT, a restrição integra um monitoramento estrutural emergencial da ponte, iniciado após a identificação de indícios de desgaste e movimentação atípica em elementos de sustentação. Técnicos estão realizando medições diárias com sensores e inspeções visuais para determinar a real extensão do problema.

“A medida é preventiva e tem como prioridade a segurança dos usuários. O tráfego será reavaliado conforme o avanço dos estudos e possíveis intervenções de reforço ou recuperação”, informou o órgão em nota.

Histórico das restrições.

As limitações de tráfego na ponte começaram no início de outubro.

• Em 7 de outubro, já estava em vigor a proibição de circulação de veículos com carga acima de 36 toneladas.

• Em 9 de outubro, o DNIT ampliou a restrição, barrando o trânsito de veículos com peso superior a quatro toneladas por tempo indeterminado.

• Agora, com a interdição noturna total, o fluxo sobre o Rio Piquiri fica ainda mais controlado, impactando diretamente o transporte de cargas pesadas entre o Norte do Paraná e estados vizinhos, especialmente Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Rotas alternativas

Para veículos com peso acima de 4 toneladas, o DNIT recomenda a seguinte rota de desvio entre Francisco Alves e Guaíra:

• Sentido Francisco Alves → Guaíra / MS: seguir pela PR-182 até Palotina, depois pela PR-364 até Terra Roxa, e em seguida pela PR-496 até reencontrar a BR-272, na altura do km 554.

• Sentido Guaíra → Francisco Alves / Norte do Paraná: sair da BR-272 no km 554, seguir pela PR-364 até Palotina e retornar pela PR-182 até Francisco Alves.

Esse desvio representa acréscimo médio de 42 km no percurso, além de aumento do tempo de viagem. O DNIT recomenda o uso de aplicativos de navegação como Google Maps e Waze para monitorar condições em tempo real e evitar imprevistos.

Impacto e próximos passos

A BR-272 é uma rota estratégica para o escoamento agrícola e industrial do Oeste paranaense, conectando polos logísticos de Cascavel, Umuarama e Guaíra à divisa com o estado de São Paulo. A interdição afeta especialmente o transporte de grãos, insumos agroindustriais e cargas fracionadas.

Empresas de transporte e cooperativas da região já alertam para possíveis atrasos em entregas e aumento de custos operacionais devido ao desvio obrigatório.

O DNIT informou que uma equipe técnica multidisciplinar está avaliando a necessidade de reforço emergencial na fundação e no tabuleiro da ponte, mas não há prazo definido para a liberação total do tráfego.

Enquanto isso, o órgão reforça que a segurança deve prevalecer sobre a pressa: motoristas devem respeitar os horários, limites de peso e orientações das equipes de fiscalização.

“Qualquer descumprimento das normas pode comprometer a estrutura e colocar vidas em risco”, reforça o DNIT.

Fonte: Umuarama News
Edição e publicação: Comunicação Setorial – SindiFoz