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publicado em 2025-10-28

Conab aponta retração nos preços de frete agrícola após escoamento das safras.

Levantamento revela tendência de baixa em rotas estratégicas do Centro-Oeste e Sudeste, refletindo a sazonalidade do transporte de grãos no período pós-colheita.

 

 

Os preços do frete rodoviário para o transporte de grãos registraram queda em setembro nas principais rotas do país, após o pico de escoamento das safras. A tendência foi identificada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em levantamento realizado em Goiás e Mato Grosso do Sul. O movimento de retração também foi observado no Distrito Federal e em Minas Gerais. As informações constam na edição de outubro do Boletim Logístico da Conab, divulgada na ultima sexta-feira (24).

Em Goiás, a baixa acompanha o comportamento sazonal histórico do estado, caracterizado por uma redução na demanda por transporte de grãos neste período do ano. Já no Distrito Federal, a queda foi influenciada não apenas pelo fim da colheita e do escoamento da segunda safra de milho, mas também pela redução dos custos operacionais e variação nos preços dos combustíveis.

No Mato Grosso do Sul, a Conab observou um arrefecimento gradativo da demanda por caminhões para transporte de curta distância. Apesar do mercado interno permanecer aquecido e absorver parte da oferta de veículos, o volume não foi suficiente para impedir a redução nos valores de frete com o encerramento da colheita do milho segunda safra, a partir da segunda quinzena do mês.

Em contrapartida, o comportamento dos preços foi variável na Bahia e em Mato Grosso, dependendo da região produtora. Na praça de Luís Eduardo Magalhães (BA), as cotações se mantiveram estáveis, com equilíbrio entre oferta e demanda de transporte voltado aos portos, indústrias, setor granjeiro e atacadista. Já em Paripiranga (BA), houve alta nos preços dos fretes em função do aumento da demanda pelo transporte de milho com destino a Vitória (ES), Recife (PE) e Feira de Santana (BA). Em Irecê (BA), por outro lado, a Conab observou queda nas cotações em virtude do fim da safra e da consequente redução da demanda.

Em Mato Grosso, o mercado de fretes rodoviários apresentou comportamento de lateralidade, sem tendência clara de alta ou baixa. Algumas rotas registraram aumento moderado, enquanto outras apresentaram leve declínio. No Piauí, as cotações também se mantiveram próximas da estabilidade, com demanda ainda satisfatória, embora menos aquecida em relação aos meses anteriores — reflexo da desaceleração do escoamento do milho.

Nos estados do Maranhão, Paraná e São Paulo, o cenário foi de alta. No Maranhão, as cotações aumentaram em média 5%, impulsionadas pelo transporte de milho. O grão foi destinado principalmente a uma biorrefinaria de etanol de grãos em Balsas (MA) e a granjas e indústrias dos estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.

No Paraná, a demanda por fretes cresceu em relação a agosto, pressionando os preços para cima, com exceção da praça de Ponta Grossa, onde houve estabilidade. Já em São Paulo, a alta nas cotações em setembro está relacionada ao aumento da procura pelo produto brasileiro, reflexo das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que alteraram os fluxos do comércio internacional e redirecionaram parte da demanda global.

Exportações de milho e soja

As exportações de milho em setembro de 2025 somaram 23,3 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo das 24,3 milhões registradas no mesmo período de 2024. Os portos do Arco Norte se mantiveram como principal corredor logístico, responsáveis por 42,5% da movimentação do cereal. Na sequência, destacam-se os portos de Santos (30,7%), Paranaguá (11,7%) e São Francisco do Sul (9,5%).

No caso da soja em grão, os embarques entre janeiro e setembro de 2025 totalizaram 89,5 milhões de toneladas, ante 93,8 milhões no mesmo intervalo do ano anterior. Pelo Arco Norte foram escoadas 37,5% das exportações nacionais, enquanto o porto de Santos respondeu por 34,2%. Os portos de Paranaguá e São Francisco do Sul participaram com 12,9% e 5,2%, respectivamente.

Impactos no transporte rodoviário

A redução dos preços dos fretes, embora esperada para o período pós-safra, tem impacto direto na renda de transportadoras e motoristas autônomos, especialmente nas regiões com forte dependência do escoamento agrícola. Com menor demanda e aumento da oferta de caminhões disponíveis, muitos profissionais enfrentam redução nas margens de lucro e maior ociosidade dos veículos. Segundo analistas do setor, o comportamento sazonal deve se manter até o fim do ano, quando novas movimentações logísticas ligadas às exportações e ao abastecimento interno podem voltar a impulsionar os preços.

Panorama logístico do agronegócio

O Boletim Logístico da Conab é uma publicação mensal que apresenta análises detalhadas sobre a logística do setor agropecuário em dez estados produtores. O documento reúne informações sobre movimentação de cargas, principais rotas de escoamento, desempenho das exportações brasileiras e preços de frete, além de dados de importação de adubos e fertilizantes.

A edição completa do Boletim Logístico – Outubro/2025 está disponível no site da Conab:


https://www.gov.br/conab/pt-br/atuacao/logistica/boletim-logistico

 

 

 

 

 

Fonte e Foto: Rafael Brusque Toporowicz / Blog do Caminhoneiro/Marketing SindiFoz

 
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