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publicado em 2025-11-04

Mercado financeiro reduz projeção da inflação para 4,55% e mantém juros em 15%.

 

Expectativas apontam estabilidade na economia e cautela do Banco Central às vésperas de nova reunião do Copom.

 

 

 

 

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerado a inflação oficial do país — caiu de 4,56% para 4,55% em 2025, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Banco Central (BC).

O relatório semanal, elaborado a partir das projeções de mais de 100 instituições financeiras, mostra leve ajuste nas expectativas, mas indica manutenção da tendência de inflação acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para os próximos anos, o mercado mantém as projeções em 4,2% em 2026, 3,8% em 2027 e 3,5% em 2028, apontando uma trajetória gradual de desaceleração da inflação.


Principais Indicadores Econômicos – Boletim Focus (03/11/2025)

Indicador 2025 2026 2027 2028
Inflação (IPCA) 4,55% 4,20% 3,80% 3,50%
PIB (Crescimento) 2,16% 1,78% 1,90% 2,00%
Selic (juros básicos) 15,00% 12,25% 10,50% 10,00%
Dólar (R$/US$) 5,41 5,50

Meta de inflação e desempenho recente.

A meta de inflação definida pelo CMN é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, entre 1,5% e 4,5%. A previsão atual, portanto, ainda ultrapassa o limite superior da meta.

Em setembro, o IPCA subiu 0,48%, após recuo em agosto, impulsionado principalmente pelo aumento nas tarifas de energia elétrica. No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 5,17%, de acordo com o IBGE.

Os principais grupos de pressão inflacionária continuam sendo habitação, transportes e alimentação, influenciados por variações nos custos de combustíveis e energia, além de fatores climáticos que afetam os preços de alimentos.


Juros básicos e política monetária

Para conter a inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 15% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na última reunião, realizada em setembro.

A ata do encontro indicou a intenção do BC de manter os juros em patamar elevado por um período prolongado, até que os indicadores mostrem convergência mais firme da inflação para a meta.

O Copom volta a se reunir nesta terça (4) e quarta-feira (5) para reavaliar o cenário e decidir sobre o novo patamar da Selic.

As projeções do mercado indicam manutenção da Selic em 15% até o fim de 2025, com reduções graduais a partir de 2026 — 12,25% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

Especialistas apontam que o elevado patamar dos juros tem sido uma ferramenta crucial no combate à inflação, mas também impõe desafios à retomada mais vigorosa da economia, ao encarecer o crédito e desestimular o investimento produtivo.


Crescimento econômico

O Boletim Focus manteve estável a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, em 2,16%. Para 2026, a estimativa é de expansão de 1,78%, seguida de 1,9% em 2027 e 2% em 2028.

No segundo trimestre deste ano, o PIB cresceu 0,4%, impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria de transformação.

Em 2024, a economia brasileira registrou alta de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento e o melhor desempenho desde 2021, quando o PIB avançou 4,8%.

Analistas destacam que o desempenho do consumo das famílias, o investimento privado e o mercado de trabalho aquecido têm sido fatores importantes para sustentar a atividade econômica, apesar dos juros elevados.


Câmbio e cenário internacional

A projeção para a cotação do dólar foi mantida em R$ 5,41 para o fim de 2025. Para o encerramento de 2026, o mercado estima R$ 5,50.

A valorização da moeda norte-americana frente ao real reflete incertezas no cenário externo, especialmente relacionadas à política monetária dos Estados Unidos e à desaceleração da economia chinesa — fatores que impactam diretamente os fluxos de capitais e as exportações brasileiras.

A combinação de inflação resistente, juros altos e instabilidade global faz com que o Banco Central adote postura mais cautelosa, buscando equilibrar o controle inflacionário com a preservação do crescimento.


Perspectivas e análise

Economistas avaliam que, mesmo com inflação acima da meta e juros elevados, o cenário de médio prazo aponta para melhoria gradual dos fundamentos econômicos. A expectativa é que, a partir do segundo semestre de 2025, a inflação comece a mostrar queda mais consistente, permitindo ao Banco Central iniciar um ciclo de cortes graduais na Selic.

O ritmo de desaceleração, contudo, dependerá de fatores como o comportamento dos preços administrados, a política fiscal do governo e o ambiente internacional. Caso a inflação continue cedendo e o câmbio se mantenha estável, o Brasil pode encerrar 2025 com inflação mais próxima de 4% e crescimento sustentado em torno de 2%, segundo projeções do mercado.


 

 

 

 

 

Fonte: Banco Central do Brasil – Boletim / Edisão Marketing SindiFoz.
Dados complementares: IBGE, Ministério da Fazenda, Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

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