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publicado em 2025-11-24
Acordo com EUA encerra sobretaxas e reacende mercado para o Brasil.
EUA encerram tarifaço sobre produtos brasileiros: entenda os impactos para o comércio exterior.
A ação teve efeito para todos os mercados e o Brasil deixou de sofrer com a alíquota adicional de 10% já na semana passada.
Os Estados Unidos anunciaram o fim do tarifaço aplicado a centenas de produtos brasileiros, encerrando a cobrança adicional de 10% que vinha sendo praticada. A decisão começou a valer já na semana passada e beneficia diversos setores produtivos do país.
A medida segue o decreto global publicado em 14 de novembro, que removeu as chamadas tarifas “recíprocas” sobre diversos itens importados pelos EUA. Com isso:
As sobretaxas de até 50%, aplicadas durante o tarifaço, foram zeradas;
Produtos brasileiros já tarifados após a data da revogação serão reembolsados;
A decisão teve efeito imediato em todos os mercados, com impacto direto nas exportações brasileiras.
As sobretaxas haviam sido impostas em 30 de julho, sob a justificativa de “emergência nacional”, alegando que ações do governo brasileiro prejudicariam empresas americanas e a liberdade de expressão nos EUA.
O então presidente Donald Trump afirmou que a medida era necessária para proteger a economia norte-americana e sua política externa.
Trump mencionou, em comunicado oficial, uma conversa por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de outubro, quando ambos concordaram em avançar nas negociações. O governo americano alegou que as “recomendações adicionais” da equipe diplomática e a pressão do mercado levaram à revogação das tarifas.
A decisão foi amplamente celebrada pelo setor produtivo nacional. Confira os principais destaques:
Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, chamou a medida de “presente de Natal antecipado”.
Ele reforçou que o Brasil perdeu espaço para países como Colômbia e Vietnã, e agora precisa reconquistar o mercado.
A Abiec afirmou que a reversão das tarifas “reforça a estabilidade do comércio internacional” e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos.
A CNI considerou a decisão um “avanço concreto na agenda bilateral”, destacando os 238 produtos agrícolas que sofreriam tarifa de 40%.
A Fiemg ressaltou a importância do diálogo diplomático para garantir previsibilidade aos exportadores.
A Amcham Brasil afirmou que a medida traz efeito imediato e fortalece a competitividade das empresas brasileiras nos EUA.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, declarou à CNN que a normalização das relações é fruto de diálogo direto entre os líderes:
“As duas maiores nações das Américas não podiam ficar tocadas por fofocas e intrigas. Quando os dois presidentes conversaram, tudo voltou à normalidade.”
Já o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, destacou os principais setores beneficiados:
“É uma decisão muito importante para cadeias produtivas como café, carne bovina, frutas, água de coco, madeiras e castanhas.”
O único setor que não teve a tarifa suspensa foi o de pescados, que soma cerca de US$ 300 milhões por ano em exportações para os EUA. O presidente da Abipesca, Eduardo Lobo, lamentou a exclusão:
“Estamos felizes pelos setores que avançaram, mas frustrados por não vermos priorização do pescado pelo governo brasileiro.”
A revogação do tarifaço abre espaço para:
✔ retomada de mercados estratégicos
✔ aumento da competitividade internacional
✔ fortalecimento da relação bilateral Brasil–EUA
✔ possível revisão de acordos comerciais futuros
O setor produtivo agora tenta acelerar negociações para que o pescado e outros itens também sejam incluídos na lista de isenções em uma próxima etapa.
Fonte: CNN Brasil • Foto: Divulgação