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publicado em 2025-12-03

Transporte rodoviário: novo inventário nacional revela tendências e riscos para a qualidade do ar no Brasil.

Análise atualizada orienta políticas de descarbonização, eficiência logística e modernização da frota.

 

 

Brasil atualiza inventário nacional de emissões do transporte rodoviário após 10 anos.

 

Novo levantamento reforça desafios da descarbonização, aponta avanços regulatórios e orienta políticas públicas para um transporte mais limpo.

O Brasil deu um passo importante para compreender e enfrentar a poluição do ar e as emissões de gases de efeito estufa provenientes do transporte rodoviário com o lançamento do “Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários – Ano-base 2024”, publicado nesta terça-feira (2). O Governo Federal atualiza, após uma década, os dados oficiais que mensuram a poluição atmosférica e o impacto das emissões do setor no país.   O documento foi produzido pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), com coordenação conjunta do Ministério dos Transportes (MT) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), além do apoio da Coalizão Clima e Ar Limpo (CCAC). A atualização estabelece bases técnicas essenciais para a formulação e aprimoramento de políticas públicas, com foco na melhoria da qualidade do ar, na gestão ambiental e na redução de gases de efeito estufa (GEE).


Avanços e desafios depois de quase 40 anos de Proconve

Os novos dados revelam avanços relevantes: diversos poluentes tiveram queda expressiva ao longo dos quase 40 anos desde o início do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), responsável por impulsionar a evolução tecnológica da frota nacional. No início dos anos 2000, o aprimoramento de motores, catalisadores, normas de emissões e combustíveis mais limpos intensificou ainda mais essa redução.

Entretanto, o estudo também aponta estabilidade ou até crescimento em algumas emissões, evidenciando que a tecnologia veicular, isoladamente, não é suficiente para conter o avanço da poluição, principalmente diante da expansão contínua da frota nacional, que ultrapassa 71 milhões de veículos, e do uso mais intenso dos veículos no transporte de cargas e passageiros.

Um dos dados mais preocupantes é a mudança no perfil do Material Particulado (MP). Embora as emissões por combustão tenham caído, o desgaste de pneus, freios e pavimentos já representa aproximadamente metade de todo o MP emitido, tendência observada mundialmente devido ao aumento do tráfego e do peso dos veículos.


Transição energética em pauta

O subsecretário de Sustentabilidade do MT, Cloves Benevides, destaca que o documento reforça o momento decisivo para acelerar medidas estruturantes:

“O inventário é fundamental para a transição para uma matriz de transporte de baixo carbono, ampliando o uso de biocombustíveis avançados, promovendo a eletrificação sustentável e reduzindo quilômetros rodados vazios por meio de uma logística mais planejada.”

Para o secretário do MMA, Adalberto Maluf, a atualização melhora a capacidade de elaboração de políticas públicas:

“O inventário consolida dados essenciais para reduzir emissões, qualificar a gestão ambiental e apoiar a transição rumo a um sistema de transporte mais limpo e sustentável.”


Emissões de carbono: tendência de alta

Entre 2012 e 2024, as emissões de CO₂ equivalente cresceram cerca de 8%, acompanhando o aumento da frota e a forte dependência do modal rodoviário no transporte de cargas no Brasil.

Distribuição das emissões de CO₂eq em 2024:

Pela primeira vez, o inventário inclui estimativas de black carbon (carbono negro), um dos poluentes climáticos de vida curta mais impactantes e nocivos à saúde.


Principais resultados por poluente


Evolução da frota nacional

A frota brasileira atingiu 71 milhões de veículos em 2024:

Além disso, cresce o número de veículos pesados de maior capacidade, impulsionando o consumo de diesel e aumentando as emissões ligadas à logística nacional.


Base de dados, governança e próximos passos

A atualização  aguardada há mais de dez anos  contou com oficinas técnicas, instituições de pesquisa, empresas e representantes do setor. O relatório reforça a necessidade de aprimorar bases nacionais, como:

Segundo David Tsai, do IEMA, o inventário será ferramenta central para que estados atualizem seus próprios estudos — condição necessária para acessar recursos da União voltados à gestão da qualidade do ar.


Impactos para o setor de transporte e logística

De acordo com especialistas, o novo inventário reforça a urgência de:

O documento também servirá de base técnica para as políticas do Governo Federal, como o Plano Nacional de Logística de Baixo Carbono e novas metas de redução de emissões no transporte rodoviário.

 

 

https://energiaeambiente.org.br/wp-content/uploads/2025/12/IEMA_inventariorodoviario.pdf

 

Fonte e Foto: Ministério dos Transportes imprensa/ Edição e poste Marketing Sindifoz

Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA)

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