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publicado em 2025-12-12

Debate sobre redução da jornada expõe fragilidades da economia brasileira.

 

Com produtividade estagnada e ambiente de negócios desfavorável, empresários alertam que a medida pode prejudicar trabalhadores e encarecer o custo de vida.

 

 

Redução da jornada pode representar riscos profundos para a economia brasileira.

 

A economia brasileira enfrenta, há décadas, uma trajetória de baixo crescimento. O país convive com juros historicamente elevados, crise fiscal persistente, excesso de burocracia, insegurança jurídica e dificuldades estruturais para modernizar seu parque produtivo. Esse conjunto de fatores limita o aumento da produtividade, reduz a competitividade nacional e afasta investimentos estratégicos.

Nesse cenário já complexo, o G7 Paraná,  grupo que reúne as sete principais entidades do setor produtivo do estado, considera preocupante o avanço das discussões sobre a redução da jornada de trabalho sem diminuição salarial. O tema voltou ao centro do debate nacional e, segundo o setor produtivo, pode gerar impactos significativos e negativos na economia.

O presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcellos, reforça o alerta:
“É nesse contexto frágil que se discute reduzir a jornada sem aumento equivalente de produtividade. Menos horas, mesmo custo, a equação da perda competitiva.”

A lógica econômica é clara. Se a jornada de trabalho diminui, mas os salários permanecem inalterados e a produtividade não cresce, o custo do trabalho por unidade produzida aumenta imediatamente. Essa pressão é ainda mais crítica em setores intensivos em mão de obra, como:

  • Indústria,

  • Varejo,

  • transporte e logística,

  • serviços essenciais.

Nesses segmentos, as margens já são comprimidas, e a competição,  nacional e internacional, é intensa.

Diante do aumento de custos, as empresas têm somente três caminhos possíveis:

  1. Repassar os custos ao consumidor, pressionando a inflação;

  2. Reduzir contratações ou frear expansões, afetando a geração de empregos;

  3. Transferir operações ou investimentos para países mais competitivos, aprofundando a desindustrialização.

Nenhum desses cenários beneficia o trabalhador. Pelo contrário: todos reduzem sua capacidade de consumo, seu poder de compra e suas oportunidades no mercado de trabalho.

A economia funciona de forma integrada. Quando o custo de produção sobe, toda a cadeia sente os efeitos, do pequeno comerciante ao grande industrial, até chegar ao preço final pago pelas famílias. Em um país de renda média como o Brasil, qualquer aumento de preços corrói imediatamente o padrão de vida da população.

Assim, uma medida anunciada como benefício ao trabalhador pode, na prática, resultar em:

  • inflação,

  • redução do poder de compra,

  • queda de investimentos,

  • menor oferta de empregos,

  • enfraquecimento da competitividade nacional.

Especialistas também destacam que países que reduziram sua jornada com sucesso, como França e alguns nórdicos, só obtiveram resultados positivos após massiva modernização industrial, altos investimentos em automação, educação de ponta e salto produtivo, condições ainda distantes da realidade brasileira.

Por isso, lideranças empresariais reforçam que o Brasil deve evitar soluções simplistas para problemas estruturais. Antes de discutir a redução da jornada, é fundamental enfrentar gargalos históricos, como:

  • melhora do ambiente de negócios;

  • simplificação tributária;

  • investimentos em tecnologia e inovação;

  • qualificação profissional;

  • segurança jurídica.

A busca por competitividade e crescimento sustentável exige planejamento, responsabilidade e diálogo amplo entre governo, trabalhadores e setor produtivo.


 

 

 

 

Foto: Divulgação/www.fetranspar.org.br/ Marketing SindiFoz.

 

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